Juneir Marques ameaça condutor de prisão se rebanho entrar no seu município
Num aparente surto de ‘sinhozinho Malta’, o prefeito de Antônio João, Juneir Martinez Marques (PSDB), teve hoje em seu município mais uma atitude no mínimo inusitada. Foi à estrada que demanda ao distrito pontaporanense de Cabeceira do Apa e ‘proibiu’ uma comitiva que está conduzindo cerca de 800 cabeças de gado, de entrar em sua cidade. A boiada viaja com a GTA (Guia de Trânsito Animal), que é expedida pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) de Mato Grosso do Sul.
O gado pertence ao pecuarista Amauriti Gonçalves e saiu de Porto Murtinho com destino a Naviraí. Depois de tomar a rodovia Apa-Poré, o gado foi conduzido pela estrada vicinal da região do Limeira, em Cabeceira do Apa e deve chegar amanhã a Antônio João, onde passará por uma estrada boiadeira que margeia o município, para então seguir para Ponta Porã e depois para Sete Quedas.
De acordo com o condutor, o prefeito interceptou a boiada na estrada e ameaçou de prisão a comitiva, caso ela entre em seu município. Juneir Marques teria ‘mandado’ a boiada retornar para Cabeceira do Apa para tomar outra rota até o trevo do Copo Sujo em direção ao Assentamento Itamarati. A volta sugerida pelo prefeito pode chegar a 100 quilômetros, que é muito chão para uma boiada que não viaja embarcada.
A atitude intempestiva de Juneir Marques provocou mal estar entre os produtores rurais e protestos dos responsáveis pela boiada, que já passaram outras vezes pela estrada boiadeira de Antônio João. A preocupação é que para o final de semana está prevista a passagem de outra comitiva com uma boiada de 600 vacas, que pertenceriam ao mesmo pecuarista e que fará o mesmo trajeto até Naviraí.
De acordo com o Mercosul News, no Brasil não há proibição para o trânsito de gado a pé. No entendimento dos ruralistas, Juneir Marques não tem poder para proibir a passagem do gado pela estrada boiadeira de Antônio João e no trecho urbano cabe à prefeitura providenciar alternativa para trânsito de animais ao redor da cidade. Irritados com a situação, pecuaristas informaram o fato aos Sindicatos Rurais de Antônio João e Ponta Porã e não descartam fazer denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE).
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