Jornalista cubano inicia greve de fome e sede em protesto à morte de prisioneiro
Em apoio ao preso político Orlando Zapata Tamayo, que morreu em uma prisão cubana após 85 dias de greve de fome, e como protesto pelas tentativas do governo da ilha para que sue velório não se torne um ato público, o jornalista independente Guillermo Fariñas iniciou, na última quarta-feira (24), uma greve de fome e sede em sua casa.Mesmo diante do falecimento de Zapata, Fariñas declarou estar ciente da possibilidade de morte "em três ou quatro dias" e assegura que está disposto a morrer "por suas ideias" e para "mostrar ao mundo que o que passou Zapata não é casual". "Não foi um erro. Deixaram-no morrer conscientemente", sublinhou.Além do protesto do jornalista, a oposição à ditadura cubana ganhou força com o anúncio de greve de fome de mais quatro presos políticos que, segundo o diário El País, fazem parte do grupo de 75 condenados à prisão durante o período da chamada "primavera negra", em 2003, sob acusação de estarem a serviço do governo dos EUA.O porta-voz da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), Elizardo Sánchez, declarou que foram enviadas mensagens os presos que deram início ao protesto para que desistam. A comissão não acredita que o protesto causará comoção no governo de Raúl Castro, no entanto, Fariñas - já em estado de saúde delicado - afirmou que "com os governos facistas, totalitários não se negocia. Isso é ensinado na História".
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