Durante a 66ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), o presidente do México, Felipe Calderón, se comprometeu a não censurar a atividade jornalística no país. Calderón afirmou, na última segunda-feira (08), que no México "nunca haverá nem mordaças nem censuras para se fazer jornalismo".
De acordo com informações do Portal Imprensa, o líder mexicano assegurou, ainda, que a grande ameaça sofrida pela imprensa do país é o crime organizado: "A delinquência é o maior risco para o exercício do jornalismo que deve contar com um entorno de liberdade e segurança". Além disso, Calderón classificou a liberdade de imprensa como um "direito inalienável" para a cidadania.
Nos últimos 10 anos, mais de 65 jornalistas foram mortos em solo mexicano, sendo que 21 desses assassinatos aconteceram em 2010. Outros 12 profissionais estão desaparecidos, e 17 meios de comunicação do México sofreram atentados desde 2003. "Nenhuma nação pode permanecer alheia aos ataques à imprensa", disse o presidente do México. "O crime é o inimigo da imprensa e não o governo", declarou, lembrando que é "dever" do Estado se empenhar nas investigações de crimes contra a imprensa e punir os responsáveis.
A cidade mexicana de Mérida foi escolhida para sediar o evento da SIP para que a entidade possa chamar a atenção para os crimes cometidos contra jornalistas do país.
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