sábado, 25 de agosto de 2012

No MS, protesto reúne candidatos da oposição e manifestantes contra autoritarismo de Governador


Protesto reúne candidatos da oposição e manifestantes contra autoritarismo de Puccinelli

Tavane Ferraresi - Midiamax

Candidatos oposicionistas protocolaram na tarde desta sexta-feira, 24, no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), uma ação contra o governador André Puccinelli (PMDB). No documento, os políticos pedem que a Justiça investigue e tome providências em relação a vídeo divulgado pelo Midiamax, no qual Puccinelli (PMDB) aparece coagindo servidores a votar em candidatos governistas.

Os candidatos a prefeito Reinaldo Azambuja (PSDB), Alcides Bernal (PP), Vander Loubet (PT), Suél Ferranti (PSTU) e Sidney Melo (Psol) entregaram a ação após liderarem uma manifestação em frente à sede do tribunal

Munidos de cartazes, faixas e apitos, centenas de pessoas acompanharam os políticos e gritavam por “justiça”, pelo “fim do autoritarismo” e do “voto de cabresto”. “Chega de impunidade”, “Democracia já”, “O povo não é gado, Campo Grande não é curral”, destacava alguns dos cartazes.

O vídeo publicado pelo Midiamax rapidamente ganhou repercussão na internet e inspirou o movimento. “O que o governador fez foi uma afronta contra o cidadão, contra o direito da escolha e do sigilo do voto”, protestou a professora aposentada, Neide Gonçalves Baís, 60 anos.

O músico Nicholas André Luthiero, 21 anos, afirmou que está cansado de impunidade, por isso aderiu à manifestação. “Vim aqui exigir que a justiça seja feita. Espero que dessa vez o governador, o candidato que ele apoia (Edson Giroto-PMDB) e os vereadores sejam punidos. Se isso não acontecer vai ficar claro que a justiça do Mato Grosso do Sul é comprada”, atacou.

Chegada dos candidatos

Os candidatos chegaram à sede do TRE no horário combinado, às 14h. O petista Vander Loubet, destacou que o movimento era para protestar por uma eleição limpa. “Não podemos permitir que isso fique impune. Estamos unidos para fazer valer o direito do cidadão. O governador impõe a vontade dele, mas é a vontade do povo que tem que prevalecer”, destacou.

Azambuja, candidato pelo PSDB, classificou a atitude de Puccinelli como “ditatorial” e comentou que não é dessa forma que se deve vencer uma eleição. “O que deve prevalecer é o processo democrático, a escolha do eleitor e não é coagindo, tirando a liberdade, impondo a vontade e utilizando o poder do qual dispõe, que se deve ganhar uma eleição”, pontuou.

Para Bernal (PP), o chefe do Executivo local desrespeitou a Constituição. “Estamos unidos em prol do voto ético e de uma eleição democrática”, disse.

Conforme disse o candidato a vice de Reinaldo Azambuja, vereador Athayde Nery (PPS), o governador feriu a Lei nº 4737 de 17 de Julho de 1965 do Código Eleitoral que estabelece no Artigo 300: “Valer-se o servidor público de sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido terá pena de detenção até seis meses e pagamento de multa de 60 a 100 dias”.

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