sábado, 23 de fevereiro de 2013

Prefeitos prestigiam aniversário do Regimento Antônio João



Prefeitos de Antônio João, Bela Vista e Bella Vista Paraguai participam da Solenidade do Aniversario do 10° Regimento de Cavalaria Mecanizado Regimento Antonio João

Lile Corrêa (com informações e Fotos: Edinho Corrêa)*
Na manhã de sexta-feira (22.02) aconteceu a Solenidade de Formatura e Desfile Militar alusivo ao aniversário do 10º RC Mec, sob o comando do Tenente Coronel Eduardo Papaléo Spangenberg Chaves. O evento contou com a participação do General de Brigada Lourival Carvalho Silva comandante da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, Vice Prefeito de Caracol Horácio Godoy, Prefeito de Bela Vista Abraão Armoa Zacarias, Prefeito de Bella Vista Norte Miguel Loutero e Prefeito de Antônio João, Selso Luiz Lozano, presidente da Câmara de Vereadores bela-vistense, Jair Bispo.
Em entrevista a Rádio Bela Vista 1440 Khz, ao radialista Julio César, o prefeito Selso Lozano destacou "a importância do regimento Antônio João para Bela Vista e Antônio João, aonde temos instalado a Colônia Militar dos Dourados, nós somos parceiros do Exército Brasileiro na manutenção da estrada que dá acesso ao Monumento Antônio João e pretendemos instalar na entrada do trevo de acesso à Colônia Militar um monumento para dar mais visibilidade aos turistas que visitam a nossa fronteira".

A Historia

O 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) é uma unidade do exército brasileiro, localizado no município de Bela Vista, no estado de Mato Grosso do Sul. A organização militar é subordinada ao Comando Militar do Oeste, pertencendo à 9ª Região Militar e orgânica da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada com sede em Dourados.
De acordo com o site do Exército Brasileiro, oriundo da Companhia de Cavalaria de Mato Grosso, criada em 1839, com sede em Cuiabá, tinha por missão dar segurança aos pequenos núcleos de povoamentos originários das antigas pousadas dos bandeirantes e manter a posse da terra, ora em expansão.
A ocupação do Mato Grosso foi lenta e, por vezes, verificavam-se incursões estrangeiras que adentravam na área, particularmente ao sul da Província Isso determinou a mudança da sede da Unidade por várias vezes, para atender à necessária presença militar nos sertões do então Mato Grosso, e ao mesmo tempo em que mudavam as denominações da força de Cavalaria. Na época em que a Unidade denominava-se 1º Corpo de Cavalaria de Mato Grosso e encontrava-se estacionada na Vila de Nioaque, junto à região fronteiriça do Baixo Pantanal, ocorreu a Campanha do Mato Grosso, na Guerra da Tríplice Aliança, onde o Regimento participou sob o comando do Ten Cel José Antônio Dias da Silva.

Nesse episódio, encontrava-se destacado do 1o Corpo o 1º Ten Antônio João Ribeiro, comandante da Colônia Militar dos Dourados e que em dezembro de 1864 cumpriu o seu papel histórico de antepor-se à invasão estrangeira.

Em 1866, com a denominação de 1º Corpo de Caçadores a Cavalo, uniu-se à coluna organizada no Rio de Janeiro para fazer frente à invasão paraguaia. Na oportunidade, a Unidade era comandada pelo Capitão Pedro Rufino.

Em 10 de dezembro de 1906, agora com a denominação de 7º Regimento de Cavalaria Ligeira, ocupou as suas atuais instalações em Bela Vista. Devido ao seu passado histórico, o Exército concedeu em 30 de dezembro de 1938, ao então 10º Regimento de Cavalaria Independente, o estandarte e a denominação histórica de "Regimento Antônio João". Em 1985 recebeu a denominação atual de 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ministério Público resgata trabalhadores em condições degradantes em fazenda

Mariana Anunciação - Midiamax

Auditores fiscais do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), acompanhados da PMA (Polícia Militar Ambiental) resgataram no dia 16 de janeiro, 10 trabalhadores, sendo quatro brasileiros e seis paraguaios, de condições degradantes em uma fazenda de corte de eucalipto, no município de Bela Vila, a 324 quilômetros de Campo Grande.

Após o resgate na fazenda Canaã, foi efetivado na última quarta-feira (30), na sede do Ministério Público do Estado em Bela Vista, o pagamento das devidas verbas trabalhistas. A operação foi parte da programação de rotina de fiscalização rural do Ministério do Trabalho e Emprego.
No local, os trabalhadores estavam alojados em barracos de lona, e dormiam em camas improvisadas. Eles não usavam equipamentos de proteção individual e a água para beber era retirada de um córrego localizado na redondeza. Além disso, as pessoas responsáveis pelo corte de eucalipto na fazenda também não estavam registradas.

De acordo com o coordenador da fiscalização rural em Mato Grosso do Sul, Antonio Maria Parron, os alojamentos foram interditados e os trabalhadores conduzidos para a cidade de Bella Vista Norte, no Paraguai. No dia da operação, foram lavrados 12 autos de infração pelos auditores fiscais.
Acordo

O proprietário da fazenda Canaã, o comprador da madeira, que era de uma empresa em Dourados, e o empreiteiro responsável pela contratação dos empregados compareceram, perante o procurador do trabalho Odracir Juares Hecht, para firmar um TAC (Termos de Ajuste de Conduta), no dia 22 de janeiro, na sede do MPT (Ministério Público do Trabalho), em Campo Grande.

No encontro, os responsáveis firmaram acordo de não submeter mais trabalhadores a tais condições, e a realizar os pagamentos das verbas rescisórias. Por meio dos TACs, o proprietário da fazenda assumiu a obrigação de não permitir esse tipo de exploração em sua propriedade.

Já o responsável pela empresa, que adquire a madeira e o empreiteiro, além de não praticar essas irregularidades, se comprometeram a registrar e quitar as verbas devidas, sob pena de multa. Além das verbas rescisórias, os trabalhadores receberam R$ 500, cada um, como indenização pelo dano moral individual sofrido em razão da exploração. No total, os pagamentos somaram R$ 22.754,00.

Também teve a doação do leite longa vida, como resultado da multa, que beneficiará as pessoas atendidas pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) do município de Bela Vista. Serão doados 250 litros de leite, por quatro meses, de fevereiro a maio deste ano, totalizando R$ 2 mil.

Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

Convém salientar, que o resgate desses trabalhadores antecedeu a semana marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, comemorado no dia 28 de janeiro. A celebração foi instituída para homenagear servidores do MTE, motorista e três auditores fiscais, mortos em serviço, neste mesmo dia, no ano de 2004, na “Chacina de Unaí”. (Com informações da Assessoria)